Raízes
BRASIL E ANGOLA
Brasil e Angola têm relações desde o século XVI.
A colonização portuguesa tornou o português nosso idioma comum.
Na expansão mercantilista portuguesa, o Brasil produzia a cana-de-açúcar e Angola fornecia a mão de obra escrava. Os primeiros povos escravizados no Brasil saíram de Luanda e Benguela e foram levados para Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro.
Mas nossas relações vão muito além da língua utilizada e do passado de exploração portuguesa. Apesar de cada um dos países, nesses séculos, terem seu processo de desenvolvimento diferenciado, os dois apresentam desafios semelhantes: a má distribuição da riqueza que resulta em desigualdade social, a construção de um estado democrático eficiente e íntegro, com um sistema de justiça que promova e defenda os direitos da população e a construção de um modelo político social e cultural genuíno, que assuma nosso legado multicultural.
Estes desafios refletem-se na promoção dos direitos da infância e adolescência dos dois países. A maior incidência da violação dos direitos está relacionada a diferenças étnicas, de gênero e de moradia. Não é apenas a questão da renda que produz exclusão social. Etnicidade, cor da pele, gênero, localização geográfica ou ser portador de necessidades especiais têm seus reflexos na exclusão social, principalmente de crianças e adolescentes.
Tanto no Brasil (desde a década de 70) quanto em Angola (a partir de 1987), há setores organizados na sociedade civil.
